terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Nervoso (dos) miudinho(s)*

(Nota: se querem ver fotos de Maria Albertina, the Catwalk Superstar, é favor irem ao blog da Letrada, que a senhora é uma artista da objectiva – claro que a modelo, o sofá e a exposição solar também ajudaram, mas só um pouquinho, já que topa-se à légua que aquelas pics foram tiradas com muito amor)


Há coisas que me deixam doente. Para além dos vírus e bactérias da praxe, existem algumas situações que me agitam o sistema nervoso; felizmente, com o passar do tempo, são cada vez menos, uma vez que me tornei uma pessoa muito mais relaxada, que se preocupa apenas com o essencial e, quando não estou bem, mudo-me.

Mas esta...

Pá, sempre gostei de dizer que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros. A frase não é da minha autoria (bolas, não posso ser responsável por todos os discursos brilhantes que por aí circulam, acho que 87% já é uma boa marca), mas adequa-se perfeitamente.

Costumo ir ao ginásio de manhã bem cedinho antes de começar a trabalhar, ou à hora de almoço. Ontem, para variar (mesmo!!!), fui ao fim da tarde. Até aí tudo bem, deu para lavar as vistas e não foi pouco, aquilo parece ser muito bem frequentado ao final do dia. Diria até que não é fácil encontrar tanto homem jeitoso por metro quadrado como vi ontem...

Contudo, eu frequento o ginásio por duas ordens de razões, a saber: fazer exercício e relaxar.
A primeira parte foi cumprida. Mas quando voltei para o balneário, estava uma menininha aos berros, a fazer uma fita como nem eu já sei fazer.**
O anjinho tinha acabado de voltar da piscina e, aparentemente, queria continuar a brincar com as bolinhas na água. Digamos que ela berrava estupidamente, não se calou por um segundo durante uma porrada de tempo (cá está outra expressão que eu gosto) enquanto era despida, banhada, secada, vestida... e depois, ainda esteve a mãe a secar-lhe o cabelo e a arranjar-se. E a chavaleca não fechava a matraca!!!

Para dar uma outra ideia da sequência temporal: entrei no balneário (ela já chorava), vi que tinha uma chamada não atendida, liguei de volta, falei com a mana e o papá (com um dedo no outro ouvido, para facilitar...) bebi água, passei exfoliante na cara, olhei em volta e vi os olhos das restantes senhoras a saírem das órbitas com os nervos em franja, ouvi uma ou outra a reclamar baixinho, enfiei-me no turco (graças ao bom sistema de isolamento, lá dentro quase não se ouvia nadinha!!!), saí e fui tomar banho (felizmente, o barulho da água a cair mitiga a sangria da bezerra). Só a seguir ao duche é que deixei de ouvir por completo a chavaleca.

Não seria muito mais fácil se a mãezinha daquela doçura tivesse pegado logo na fôfa, a vestisse à pressa e tivesse desandado dali para fora com ela antes do diabo esfregar o olho/bater a pestana (por favor, escolher a opção mais veloz)? Dava-lhe banho em casa, pá! Sim, eu sou uma pessoa que gosta de partilhar, mas há limites, ok? Para mim, isto já entra na falta de educação. É que, como costumo dizer, não tenho eu filhos, para depois aturar as birras dos rebentos dos outros?
Pior do que isso, só mesmo cenas destas em restaurantes... mas o Miguel Sousa Tavares é que sabe disso (é ver este artigo de opinião; não é dele e mete muitos assuntos à baila, mas a verdade é que, do mal o menos, prefiro comer e levar com fumo na focinheira, do que ter os ouvidos massacrados pelos berros de uma criancinha insuportável que me deixa os nervos em frangalhos e cujos pais não sabem controlar***).


Agora que vejo as coisas mais ao longe (sim, porque espero bem não encontrar a miúda nem a mãe tão cedo!!!), recordo-me de dois anúncios: o do IKEA, em que o tipo acorda e começa a berrar, para depois ficar rouco, ligar ao chefe e dizer que não pode ir trabalhar; e qualquer um da Duracel (e dura, dura, dura....livra!)

Música: Timbaland com Timberlake (ou seja: Terra da Madêra com Lago de Madeira), a pedir para serem libertados. Faço meu o seu pedido...

*- Ora cá está mais um dos meus fabulosos trocadilhos, desta feita “rated” como espantástico. Sim, que eu agora digo, menciono, escrevo e carimbo o nível de qualidade (não vá a ASAE lembrar-se de passar por aqui...). Enfim, faço a festa, lanço os foguetes, apanho as canas...

**- Atente-se no facto de eu ter aprendido a fazer fitas um pouco tarde, já quase a entrar na adolescência. Foi uma fase curta, que terminou já há bastante tempo... aí há uns 15 dias, mais coisa menos coisa.

***- Segundo rezam as crónicas (leia-se: contou-me a minha mãe), eu fiz uma fita uma vez na minha vida, quando era pequenina: atirei-me para o chão em plena Baixa do Porto, porque queria um brinquedo que tinha visto numa montra. Ao que a minha mãe diz, foi a primeira e última vez que fiz tal “gracinha”, pois ela levantou-me, chegou-me a roupa ao pêlo (e não sou traumatizada por isso, os meus traumas são outros, tá?) e seguimos caminho. Aparentemente, aprendi. Não sou a favor da violência, nem nada parecido, mas um sopapozinho pode até ser bastante benéfico. Se não resulta, é favor abandonar o local, porque o resto do mundo não tem culpa...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Pequeno apontamento pseudo-intelectual sobre política*

Eu bem avisei que não teria muito tempo para o blog. Contudo, e como tudo se consegue, volta e meia lá vou debitando umas patacoadas, entre um ou outro desabafo e outras ideias com pouco sumo. Enfim, o pessoal que me conhece já se habituou e tudo. Estranho é que continuem a gostar de mim.

Bom, no que toca a política, sempre percebi o básico que me permitia dizer uma ou duas frases numa conversa de circunstância, em que nunca ficaria comprometida e deixando sempre aquele ar de mistério, por vezes confundido com uma intelectualidade algo sensual. As frases eram: “hum, hum” e “pois é”. OK, admito que não seriam muito elaboradas, mas discursos políticos para confundir o pessoal eu deixo mesmo é para os políticos... ou não, mas enfim, às vezes gosto de baralhar.

Agora, ou muito me engano, ou estes manda-chuvas e oposição andam com as direitices e esquerdices completamente trocadas. É que deveriam confundir ao invés de serem confundidos. Certo?
Ao que percebi, de momento, a oposição de direita não consegue ser uma oposição de direita.** Ou melhor, mais de direita do que o actual governo (que, em teoria, seria de esquerda), só se fosse o PNR o partido líder da oposição.***

Devo dizer que me parece que o actual Primeiro Ministro (pronto, vou passar a ter o blog sob escuta, ao menos espero que gostem das músicas que por aqui vão passando - não, não mudei a música) anda a cobrir muito bem as expectativas do eleitorado de direita; contudo, foi eleito pelo pessoal que vai mais à bola com rendimentos mínimos garantidos.
Chamemos-lhe a Síndrome Marcello Caetano: faz sinal à esquerda, mas vira à direita. E depois, ainda se queixam da elevada taxa de sinistralidade nas estradas portuguesas. Pudera!

Ao que eu digo: hum, hum... pois é!

* Mas pequenino, que eu não sou o Professor Marcelo Rebelo de Sousa.

** Quer dizer, em teoria, os partidos de direita não deveriam preocupar-se com hospitais para todos, perda do poder de compra das classes mais baixas e aumento das desigualdades socias mais do que os “counterparts” de esquerda. Enfim, meteu-se de vez o socialismo na gaveta.

*** De repente, veio-me à cabeça a imagem de uma figura a jogar squash: joga sozinho, aumenta a parada para si próprio e vai a todas.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Vai um copo de tinto quentinho?

Já deu para ver que ando numa de cultura; mais precisamente, de teatro. No ano passado, liguei pouquinho, já que fui apenas ver o Hamlet (peça de orçamento reduzido no que toca ao guarda-roupa, já que o pessoal, ainda que vestido, andou descalço* o tempo todo; isto é gente com falta de visão que poupa ao tostão para gastar ao milhão. E porquê? Porque tiveram de investir imenso em brises ambiances e coisas dessas, para que o Teatro Maria Matos não fosse confundido com uma fábrica artesanal de queijo da serra).

Ah!, parti-me a rir com alguns dos Melhores Sketches dos Monty Python; o da Última Ceia e os dos gajos muito ricos mas que foram muito pobres são, definitivamente, os melhores.

Pois na semana passada diverti-me com O Avarento. Já ontem, tratei de ir ao Chapitô assistir ao Drákula.


Bom, como facilmente se poderá perceber, eu não teço comentários por aí além das peças que vejo ou dos filmes que assisto** no cinema.
Na verdade, ou gosto, ou não gosto.
E esta está mesmo muito gira. Pela história em si, pelos 3 actores que se "desmultiplicam"*** em 30 diferentes personagens... a simplicidade do cenário multifacetado, as mímicas fabulosas (sobretudo as das viagens - carruagem, comboio e barco), as expressões faciais, os pequenos detalhes de nonsense que nos faziam rir à gargalhada, a proximidade do público que cria um ambiente íntimo... gostei muito!



E é uma boa forma de acabar a semana: em comédia... já que umas horas antes a minha vida ia dando em tragédia.

Este estuporzinho com focinho de anjo estava numa de actividades radicais; a sua sorte foi eu ter uns nervos de aço, não entrar em pânico e agarrá-la no último segundo... acho que perdi 3 anos de vida em menos de 10 segundos. Porra!


Música: a propósito de uma conversa do fabuloso jantar de sábado sobre anos 80 vs anos 90, moda retro, saias tipo balão, pala na franja e coisas destas, fui desenterrar o Zap Canal, das Três Tristes Tigres, banda feminina dos anos 90... bem medidos... corpo em câmara lenta... corações mais distraídos... e matéria mais cinzenta. Hum, terá sido o Rui Reininho a escrever estas letras?

*- Aquilo é que foi um fartote para os fetichistas de pés, caramba!

** - Será mais correcto escrever "...ou dos filmes que assistia...", já que a última vez que fui ao cinema foi em Julho do ano passado. Fui ver os Simpsons. Na verdade, deve ser por estar fartinha de filmes; é que já bastam os meus, devo andar sem pachorra para ver os dos outros!

***- Adoro dizer "desmultiplicam"!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Pensamento recorrente*

"O problema da missa de corpo ausente reside naquele pequeno detalhe... do morto nunca ir a enterrar."

Actriz Principal

* Porra, até parece que o disco riscou!

Falando em discos, cá vai uma das minhas favoritas. E até calha bem... Vanessa da Mata e Ben Harper - Boa sorte...

...um bom encontro é de dois.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Se Molière fosse vivo...

...estaria com certeza a rebolar de riso!

Aconselho vivamente! Peça O Avarento Ou A Última Festa, no Pequeno Auditório do CCB, até dia 19 (sim, acaba já no sábado, despachem-se!!!).

Mas atenção: ainda que diga que é para maiores de 12, na prática é para maiores de 16. De facto, por vezes abusam um pouco das asneiradas.
A primeira parte é mais gira do que a segunda.

Atente-se no timing: apanhei boleia da Anocas Pimentinha que, no seu modo relaxado e pensando que o teletransporte é uma realidade*, nos fez chegar, correr e entrar quando as portas automáticas estavam a fechar**. Ainda não me tinha sentado e estavam a começar. E eu na primeira fila, que vergonha!!!

(hoje não há tempo para escolher cantorias... fica para a próxima)

* Às 15h19 está nas portagens da ponte Vasco da Gama, para me apanhar perto de Benfica, descermos até Belém, estacionarmos, etc... com uma chuva que raiava o dilúvio... para assistirmos a uma peça que começa às 16h00. E viva a descontração e estupidez natural!
** Por um nanossegundo, senti-me o verdadeiro
Martim Moniz.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Viver muito vs viver bem

(Nota: para ouvir a música, clicar no DJ aí ao lado; é que ando numa de shake e, parecendo que não, pode incomodar. Já agora e para despachar essa parte: Samin – Heater – ouvi esta pela primeira vez no Sasha, em Agosto do ano passado e ficou-me no ouvido; aparentemente, está na berra)

Enquanto procuro inspiração para trabalhos importantes, faço uma pausa nas minhas procuras na net (esta é quase tão engraçada quanto a daquele crítico de televisão que fazia umas pausas... vendo TV) e coordeno (mal, ou apenas um pouco - o tempo não abunda) as minhas impressões sobre 3... vá lá, 3 temas e meio que me vêm à cabeça de uma assentada, estando de alguma forma relacionados (mesmo que não fossem, arranjava-se sempre uma forma de os encaixar, que poder de encaixe é coisa que não falta nestas bandas, graças ao senhor*/**) .

Um dos temas abordados no Jornal de Negócios de hoje é o do drama das pensões. Quer dizer, não será bem um drama, mas mais uma tragédia, se quiser se mais exacta (há pense que possa ser um verdadeiro horror. Também não discordo). Ah!, a notícia: é esta. Ou seja, e em duas penadas, os valores das pensões terão tendência para baixar ao longo dos anos. Quem – como muito provavelmente eu – se reformar daqui a 30 e tal anos, ou casou com um gajo rico, ou teve uma boa carreira e cabeça para não estoirar tudo em rebuçados e chocolates deixando uma parte para meia dúzia de PPRs e uma carteira diversificada de investimentos... ou deverá rezar para ir desta para melhor bem rapidinho, porque o rendimento baixa e os custos com a saúde sobem.

Mantendo o tom superficial e ligeiro (não me apetece atirar-me ao chão e chorar), deixo apenas notas soltas:

Frase a) a esperança média de vida tem vindo a aumentar
Frase b) a pirâmide etária da população portuguesa tem vindo a sofrer uma inversão

a) + b) Resultado: nascem menos crianços, o pessoal vive até mais tarde, abunda a brigada do reumático e escasseia pessoal para copos; por outras palavras, quando está Sol, a probabilidade de ver um bando de geriátricos a jogar sueca no parque ao lado de casa é o dobro da probabilidade da leitura do livro ser incomodada pelo grito das criancinhas que se expandem porque vieram à rua.

Frase c) a medicina tem avançado de forma exponencial na procura de cura para várias doenças
Frase d) infelizmente, cura-se esta maleita, surge uma nova; os vírus são como as baratas (não porque metam nojo aos cães, tadinhos que nem os conseguimos ver, mas porque sofrem mutações)

c) + d) Resultado: ainda que hoje em dia haja cura para muitas doenças que devastaram no passado, não somos imunes a tudo. Podemos até dizer que nalguns casos estamos na chamada solução de compromisso (por exemplo, com o cocktail de antivíricos certo, podemos transformar a SIDA numa doença crónica, o que já não é mau). À medida que envelhecemos, começamos a sofrer de maleitas que não tivemos na juventude. Doenças até haverão que apenas os velhinhos terão... porque são velhinhos. E ainda pouco se saberá sobre as doenças dos velhinhos... porque agora sim, é que existem muito velhinhos (ainda que a bíblia tenha umas matemáticas estranhas***, basta espreitar aqui – mas também há que ver que na altura não existiam médicos nem cientistas... nem druidas, mas não tenho a certeza quanto aos últimos).

Conclusão: vivemos mais tempo, com menos saúde, com menos rendimentos e pior qualidade de vida.


Esta sim, é que vive bem! Até tem a casa mobilada mais depressa que eu, graças à minha rica mãezinha, que lhe comprou uma caminha nova toda bonita e uma tábua XPTO para fazer a sua manicure, em vez de tratar de arranhar os sofás, as cadeiras da cozinha e o projecto de cama que, juntamente com a mesa da cozinha são as peças que me servem de mobília. Hum... acho que está na altura de dar a Festa Minimalista lá em casa...




*- Atente-se no facto de ser o senhor e não O Senhor, que com estas coisas não se brinca... muito. Ainda que por vezes pense que A Entidade terá um sentido de humor mais cáustico que o meu!
** - Qual senhor? Pá, nenhum em especial; simplesmente, achei que ficaria bem na frase. Para além disso, criou a oportunidade única de associar dois (sim, DOIS!!!) footnotes (estas coisas que estarás a ler neste preciso momento) ao mesmo excerto. Já no post anterior tinha notas das notas. Provavelmente, dentro de pouco tempo, irei bater o record de notas num só post... só para ser diferente, claro!
*** - Sim, quase todos sabemos que uma parábola será algo da forma y = ax2 + bx + c e não uma história com apontamentos didácticos de moral...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A mentira tem pernas curtas (e outras expressões e frases sábias)

Facto # 1: a verdade vem ao de cima mais depressa do que o azeite Oliveira da Serra quando misturado com água do Luso;

Facto # 2: hoje em dia, encontra-se TUDO na internet, até mesmo aquilo que não andamos à procura (é que caiu-me no prato da sopa e respingou-me a blusa);

Facto # 3: devo ser burra todos os dias, porque insisto em acreditar que não existe necessidade de esconder, alterar, calar,... whatever. Tenho a mania de não fazer aos outros aquilo que prefiro que não me façam, ou seja: não chateio muito, não faço perguntas a mais, não telefono ou envio sms ou mail em doses industriais caso não respondam de imediato, pois se não o fazem logo é porque não podem. Assumo igualmente que se me têm como companhia é porque querem, pelo menos eu deixei de fazer fretes há bastante tempo, seja com quem for. Razão tinha o Oscar Wilde quando dizia: “a little sincerity is a dangerous thing, and a great deal of it is absolutely fatal”. Pelos vistos, a maior parte das pessoas sabe disso, eu é que continuo a ser ingénua...

Facto # 4: detesto a mentira;

Facto # 5: se as águas correm todas naquela direcção, porque raio tenho a mania que hei-de remar contra a corrente? (Não confundir com “encarneirar com os outros”, não tem nadinha a ver. Mas isso é que nunca, pá! Como diria Edith Wharton: “There are two ways of spreading light: to be the candle or the mirror that reflects it”.)


Pronto, agora vou juntar os factos e aprender a lição (mais uma).


In a Manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing



Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

(Winston Tong*, dos Tuxedomoon – Holy wars, 1985 - … música mais tarde cantada pelo Martin Gore dos Depeche Mode no seu primeiro álbum a solo... fica aqui a versão dos Nouvelle Vague...)

*- E descobrir esta informação é que não foi nada fácil (desta andei mesmo à procura**), o raio da música é sempre associada aos Depeche Mode ou aos Nouvelle Vague.
Por coincidência (ou não), a minha querida
Ms D. está a pensar na mesma música.

** - *** Já que estamos numa de frases sábias... ou não... recordei-me de uma das muitas Leis de Murphy: O modo mais rápido de se encontrar uma coisa é procurar outra. Você sempre encontra aquilo que não está procurando. Mas esta é mais válida para o facto # 2...

*** - Atente-se no facto de eu estar muito à frente e criar notas das notas...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Redundâncias e contradições

No mês passado, muito provavelmente na cabeleireira (local onde tenho a oportunidade de me inteirar sobre tudo o que é fofoca e parvoíce do momento, já que dispõe de um manancial de revistas que falam sobre nada ou coisa alguma – mas a que eu deito um olho volta e meia, já basta não ver telenovelas nem reality shows, um destes dias não tenho conversa para deitar fora...) li que a bela da Nicole Kidman* tem uma estátua de cera no Madame Tussauds.

Nas fotos ao lado, podemos fazer o que eu costumo chamar de Pepsi Challenge, ou seja, verificar qual é a figura de cera, qual é a real (aqui também, pois aparentemente, não serei a única a com o probleminha Floribella - estar confusa).



Eu diria que ambas as duas (a mania dos pleonasmos não me passou) são muito trabalhadas. Senão, atente-se nesta imagem (não, eu não tenho coragem para publicar essa foto aqui, até eu tenhos os meus limites, ok?). Creio que se trata de uma síndrome um tanto ou quanto popular, já a nossa amiga Manuela Moura Guedes anda com doença parecida (vejam aqui, que esta é que eu não publico mesmo, mas nem que me apareça o Papa pintado de azul e branco... que eu sou uma moça de princípios... e esta até é de Outubro... bem melhorzinha do que qualquer uma que tenha sido tirada naquela gala de Natal da TVI, ou coisa parecida, em que ela assassinou o Encosta-te a mim - eu estava arrepiada, a Marta só dizia "mas a música é tão bonita, não percebo como é possível!!!")



Bom, já me perdi... ah!, pois, a primeira redundância: para quê uma estátua de cera da Nicole Kidman quando ela própria já parece uma estátua de cera... de si própria?


Depois, gostaria de deixar claro que há notícias que, para além de redundantes, pois não trazem nenhum valor acrescentado, são - pelo menos aparentemente - contraditórias: é que aqui está patente que esta será a segunda estátua dela neste museu (sim, dei-me ao trabalho de investigar, mas só um bocadinho, claro), já que existem outras noutros locais de cultura (ver esta, mas acho que este será mais A Casa dos Horrores da antiga Feira Popular de Lisboa, a avaliar pela imagem - não, também não sou capaz de publicar, já disse que tenho os meus princípios!!!). Já nos outros lados, aparece como sendo a estreia da bela da Nicole no Madame Tussauds! Querem ver que a moça foi confundida com a sua própria estátua de cera há uns anos atrás, enquanto fazia turismo no museu?


E tem mais: para além de redundantes e contraditórias, algumas notícias chegam mesmo a meter o dedo nas possíveis feridas. Ora, e ainda recentemente (sim, a moça anda na berlinda e eu passei quase um dia na cabeleireira) li em duas publicações distintas (sei lá quais, bolas!) que:


- os filhos adoptivos da Nicole não conseguem chamá-la mãe, facto que a deixa muito triste, até porque chamam mãezinha à Katie Holmes;
- Nicole não suporta que os filhos adoptivos a chamem mãe (às tantas fá-la sentir-se velha, daí estes recentes upgrades de imagem**).


Como é que ficamos? Temos a Nicole vítima-devastada com a crueldade das crianças ou a Nicole mãe-adoptiva-bruxa-malvada? Necessito de catalogá-la na minha caderneta de cromos e assim não consigo, pá!



Mental note: passar a levar o ipod para o cabeleireiro e entreter-me a ouvir os podcasts.
Vantagem: rentabilizo o tempo; inconveniente: divirto-me bem menos...



*- Ai!, se o Rafeiro descobre este post, estou perdida...
** - Cá para mim, os tipos que fazem as figuras de cera são habilidosos e igualmente capazes de dar um jeitinho - aka, recauchutagem - na fuça do artista verdadeiro. Aliás, caso a figura de cera saia um pouco ao lado, será sempre possível aperfeiçoar essa "novidade" na cara do próprio (o chamado efeito Frankenstein... medo!!!)


Agora... perfeita, perfeita é mesmo ela:


Música: Something stupid - acho que é mais a minha vontade de chamar estúpido a alguém, mas enfim...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Porque há manias que não se perdem...

1. Começar de novo (há quem chame recomeçar)
2. Escrever parvoíces em doses industriais
3. Fazer listas
4. Não ser organizada

Como tal:

1. Cá está a minha nova casa! Um tudo-nada semelhante à antiga, que o objectivo não é embelezar ou primar pela diferença (cada macaco no seu galho... e essa componente não entra aqui). Se quisesse chamar a atenção, fazia bungee em biquini, ou concorria ao Família Superstar (ainda que não saiba muito bem sobre o que acabei de escrever, mas também isso não será novidade, as minha opiniões são, na maior parte das vezes, pouco fundamentadas – há até quem diga que é um sinal de inteligência! Gente mais estranha...);

1. Cá está a minha nova casa! Não, não me enganei nem estou a repetir-me. O principal motivo para fechar o blog anterior prendia-se com a falta de tempo. Entre várias tarefas altamente interessantes (e outras cujo entusiasmo envolvido equivale a espetar facas nas costas, cortar os pulsos ou até passar uma tarde com a tia-avó com muito buço e fraca audição), já consegui organizar-me, e uma casa nova (literalmente e não literariamente) era uma delas. E pronto, feito! E como cada um faz o que sabe de melhor, eu escrevo parvoíces e alguém irá tratar de a embelezar.* Tsts, cof cof, apenas um detalhe: visitas aos blogs amigos, conhecidos e afins como antigamente... temos pena...

2. Basta clicar no título deste post para se encontrar (ou se perder) num maravilhoso (?) mundo de patacoadas a metro, insanidades aos quilos, patetices às carradas. E quem me rodeia não tem culpa nenhuma! Agora, se alguém vem aqui (ou aqui) de livre vontade ou por qualquer ironia do destino (leia-se: resultado de pesquisa do Google, esse grande brincalhão), já não tenho responsabilidade nisso. Faço como Pôncio Pilatos e lavo daí as mãos (tendo o cuidado de “lhes chegar” um bocadinho de creme hidratante de seguida, que com este tempo, as mesmas ficam uma desgraça de sequinhas).

3. Como gritaria o outro: “Porque é que dizes isso?”

4. OK, sou organizada para o que interessa. E gosto de organizar as minhas ideias (leia-se: deitar fora o lixo mental, este sub-produto da minha mente que insiste em surgir vindo do nada... assim a atirar para a geração espontânea, ou o camandro) enquanto escrevo outras coisas mais mundanas.

E porque gosto tanto da esperança como da estupidez, já que ambas são infinitas**... cá está o meu novo poiso!

E sim, foi o post de abertura possível!

OK, nem tudo neste blog é atirado ao acaso...

...
I'm adaptable
And I like my role
I'm getting better and better
And I have a new goal
I'm changing my ways
Where money applies
This is not a love song
...
I'm going over to the over side
I'm happy to have
Not to have not
Big business is
Very wise
I'm inside free
Enterprise
This is not a love song
...

(This is not a love song, by Lydon, Levene & Atkins - Public Image Ltd., ainda que a versão que aqui aparece seja dos Nouvelle Vague...)


*- Este tema não é novo, trata-se da especialização do trabalho, cada um faz o que sabe de melhor. Ou, - e provando novamente que a Terra é redonda – como mencionei no início, cada macaco no seu galho...

**- Ora cá está o único excerto que se pode aproveitar de todo um post; afinal de contas, nem tudo iria para o caixote do lixo, quanto muito separar-se-ia para reciclagem, depositando-se perto do Ecoponto das garrafas de tinto do Douro.