terça-feira, 17 de junho de 2008

Tan-ta-ra-raaaaaannnn, tan-ta-raaaam!

Ontem fui ao cinema e não precisei de ligar o PDA ao messenger! (Tungas! Toma lá Diabba...)

Filme: Indiana Jones (acho que se percebeu pela melodia do título do post), com quase duas semanas de atraso.

Na prática, deveria ter ido há exactamente duas semanas atrás, mas fiquei doente.
Pela primeira vez na vida meti baixa e espero sinceramente que tenha sido a única: detesto estar enferma (que rica novidade...) e não gosto nada de faltar ao trabalho.
Para além disso, fui burra até mais não poder e arrastei-me até ao centro de saúde da minha área, que fica a cerca de 8-10 metros da porta do meu prédio (caso contrário, juro que teria ido directamente a um hospital privado... sempre a aprender...).
Se não estivesse doente, teria ficado mal tivesse metido o pé na porta do dito centro, quanto mais não fosse porque tanta estupidez concentrada em tão pouco mulherio deixa-me a ferver. Enquanto aguardava impacientemente (estava com 38,7º de temperatura, ok? Eu sou género cobrinha: temperatura baixa e língua afiada) a minha vez para marcar consulta, pude verificar que a alocação* de recursos no nosso país está, de facto, muito mail conseguida. Cá para mim, é consequência da falta de mobilidade no trabalho, fruto da pouca flexibilidade das leis laborais. Senão, vejamos:


- Um dos monos da secretaria com forma mais ou menos de gente mantinha um diálogo com uma paciente com bem mais paciência do que eu (velhota, quer atenção, já se sabe) sobre o facto de ter ido àquele centro de saúde e não ao da sua área de residência. Seguiu-se discussão sobre os autocarros e respectivas paragens, com várias hipóteses de entradas e saídas. Moral da história: a burra da funcionária deveria era trabalhar no guichet das informações sobre as linhas da Carris.


- Como em qualquer serviço público que se preze pouco, constatei o clássico duas-funcionárias-juntas-a-fazerem-o-trabalho-de-meia. Meia porque se fosse só uma já levaria quase o dobro do tempo e as duas juntas ainda têm o condão de se atrapalharem mais... eu creio que há um nome para estas coisinhas... entropia, será?... encontrei um melhor: asinice**! Após terem atendido um geriátrico, em vez de chamarem o desgraçado seguinte (e eu a arder em febre, lembram-se?) ficam feitas burras a olhar para um palácio, sendo que desta vez o palácio era o monitor do computador, procurando resolver sei lá o que seria, mas que seguramente poderia ser tratado quando a fila fosse substancialmente mais curta. Fiquei com a impressão que estariam a ver um filme, daí achar que estariam muito melhor como críticas de cinema do que como empata-de-centro-de-saúde.


Ora, cinema, pois, era sobre isso que ia escrever, certo?
Bom, gostei do Indiana Jones. Fechou-se um ciclo, a coisa acabou em bem (olha olha, outra expressão linda!!!), fica a aberta para novas aventuras com outras personagens, o homem assenta... e tal...
...mas admito que em certas alturas fiquei com dúvidas: estaria a ver o Indiana Jones ou os Ficheiros Secretos?


E já que ando a enfiar umas nas outras, deixo uma das músicas da banda sonora do filme dos Ficheiros Secretos: Walking After You, dos Foo Fighters... letra poderosa, hein?


* Sim, alocação existe na nossa língua! É ver aqui.
** Já para este caso não garanto que a palavra exista, ainda que já a tenha encontrado. Contudo, para o caso, ilustra na perfeição, vão por mim...

16 comentários:

Marta disse...

Olha queixa-te ao ministerio da saude! Essa gentinha que não faz um cu, ou não mexe o cu, ou...pronto deixa lá isso!

Actriz Principal disse...

Marta,
Estava a pensar se poderias meter uma cunha por mim... LOL!!!!!!

Marta disse...

Na parte do cu?
Não estou a ver onde te posso ajudar...

Actriz Principal disse...

Não! Na parte da queixa, ó engraçadinha...

Marta disse...

Pois, precisamente...na parte da queixa! :D

Actriz Principal disse...

Andas muito saidinha, andas... na quinta falamos, ai falamos falamos...

Diabba disse...

Estás doente e foste ao cinema?? Claro... e dp dizem que o país é coisa-e-tal, que num anda, cumé que pode andar com gente a fingir-se de doente?

Sim, que se podes ir ao cinema tb podes trabalhar não?? Vai-se a ver e tb namoraste e tal, pois... para isso num tás tu doente!

Amanhã boue bêr o Indiana, co marido.

beijos d'enxofre

Teresa disse...

Taducha! Mas como já estás melhorzinha (a Diabba não percebeu que a ida ao cinema foi por prescrição médica) vamos a outras matérias.

1. O título do post. Vê lá tu que ao lê-lo... associei-o às primeiras notas da 5.ª de Beethoven!!! LOL

2. Centros de Saúde. Eu tenho uma experiência óptima, todo o contrário da tua! No de Sintra. Tal como tu meti nessa altura pela primeira vez uma baixa na minha vida (com 44 anos). Foi na fase aguda da doença da minha Mãe, quando a quimio já a estava a maltratar muito. Inscrição feita, como era o n.º 23 mil e tal dos "sem médico" (isto é um escândalo) tinha de ir para lá e esperar por vez. As funcionárias... amorosas. Umas senhoras de cinquenta e tal anos todas desembaraçadas e cheias de vontade de ajudar, todas despachadas com o computador (até viria a mandar-lhes um cartão de boas festas no Natal seguinte). Lá consegui ser atendida por uma médica. Eu não tinha direito a baixa para dar assistência à minha Mãe, isso só se tem para filhos, e só até aos dez anos, depois eles que se desenrasquem. A médica, a quem contei a história toda, percebeu perfeitamente o problema e deu-me uma baixa psiquiátrica. "Se lhe baterem à porta, diga que está com uma depressão". No fim, como viu que eu era "sem médico", perguntou simpaticamente se queria passar a ser "doente" dela. Só não a abracei nem sei porquê! Isso significava que podia passar a marcar as consultas por telefone, sem ter de ir lá!

Uma das senhoras do atendimento deu-me uma folhinha com os dias e horas de consulta da minha médica, e normalmente bastava-me marcar com, no máximo, dois dias de antecedência.

Como vês, há honrosas excepções.

Beijo grande!

P.S. E o nosso Gremlin, como está?

Mae Frenética disse...

Pá! Já tinha saudades de te ler! :)

VF disse...

Queridissima amiga (adoro o cinismo virtual) em primeiro deixa-me dizer-te que estás a escrever em forma, o que depois de estares enferma é sempre uma coisa a registar. (piadinha em equilibrio instavel entre o rasteiro e o fácil que como sabes gosto particularmente)

Mesmo assim tenho de apontar uns errozinhos que sendo de somenos importância, não são negligênciaveis!

Toda a gente sabe que a música do Indiana é: Tantaraaantan tantaraaaaan e não o "Tan-ta-ra-raaaaaannnn, tan-ta-raaaam!" que escreveste e que uma pessoa com menos atenção pode confundir com um lado B de um disco de vinil, o que não sendo uma coisa má, pode ser aborrecida!

Depois é preciso dizer que se quisesses divertir-te mesmo à séria e à grande, não deverias frequentar o centro de saúde da área da tua residência. Todos nós sabemos que o centro de saúde da área de residência de outras pessoas são muito mais divertidos e podemos sempre pedir o livro amarelo sem que isso represente numa próxima visita uma obrigatoria injecção cavalar quando estamos a contas com uma constipaçãozeca!

Há ainda que referir que contrarias todas as teorias acerca da resistência das mulheres à doença, visto que uma mulher só deve sentir-se doente se a temperatura for igual ou superior a 38,8. 38,7 é um achaque e não uma enfermidade!

Mas folgo em saber que gostasteis do filme. O fim de um ciclo é sempre o início de outro!

Raquel disse...

Bem-vinda de volta. Beijo.

Moço Marafado disse...

É o que dá apanhar frio... Para a próxima vai um casaquito! Eu acho que não fico doente só de pensar que posso ter que ir a um centro de saúde. Bem vinda de volta.

AEnima disse...

Oh filha... isso dos recursos humanos e das leis do trabalho em Portugal eu já acho que a culpa nem é das leis. O problema é que temos uma máquina de estado ainda muito pesada, fruto do nosso 25 de Abril. Que adianta mudar as leis se 50% dos nossos assalariados são funcionários públicos e a administração central não faz uma reforma estrutural de jeito? É que é sempre injusto mudar para os outros mas deixar os cús dos FP gordos.

Quanto ao Indy, Indy bem que gostaste. Eu cá não digo mal da fantasia e daquelas piadas secas à Indy. Só já nada me soa a novo. Quando vimos os da dec de 80 era evoluído e avançado para o seu tempo... era moderno! Agora, com a mania de manter a pureza do conceito, fizeram uma bodega no meu ver.

E acabo por aqui o meu longo comentário... já está a demorar uns bons 10 mins a escrever porque tendo meio quilo de gata de 2 meses a saltar em cima do teclado para brincar com os meus dedos faz muito estrago ao texto e estou farta de corrigir gralhas.

BEIJOOOOOOOOOo

M disse...

Do filme não posso falar, mas ando cheia de vontade de ver. Pena não haver quem me acompanhe.

Quanto ao centro de saúde, minha querida, sabes que aqui é igual, né? ontinuam gordas, com cara de qem foi mal-f*, e em vontade de mexer 1 dedo. E o computador continua a ser um bicho de sete cabeças!

MIG-L disse...

Saúde em Portugal???? lololol
É uma espécie de eutanásia a curto prazo! :)
Beijinhos e parabéns. Bom post!

Anónimo disse...

Boas férias, Actriz!

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