segunda-feira, 31 de março de 2008

A Oeste não se aprende nada de novo

(Nota que não tem nada a ver com o post: fui ao casamento da CK. Amei!!!)


Encontro-me a ler um pdf muito interessante, sobre como escrever ensaios e livros, e artigos... enfim, o livro é bom, bem estruturado e claramente evidencia tudo o que o meu blog (assim de repente... aleatoriamente...) terá de mal: más construções frásicas, falta de assunto, opiniões controversas... o exemplo acabado de como não escrever um texto.*

Contudo (e foi este detalhe que me levou a escrever este post), há um subcapítulo que me despertou o interesse de forma particular, com o título “Avoiding common errors in thesis statements”.
Temos então pontos relevantes, em que cada um deles passa exemplos fracos e exemplos bons.
Um desses parágrafos diz: “Don’t merely state a fact. A thesis is an assertion of opinion that leads to discussion. Don’t select an idea that is self-evident or dead-ended.”.

OK, faz todo o sentido: frases feitas não irão trazer novidade, muito menos despertar maior interesse para além de um enfadado, “ya... tasse”** .

A parte gira vem quando dão os exemplos de frase bem conseguida e de frase mal conseguida.
De acordo com o texto, a frase cliché será:
“Advertisers often use attractive models in their ads to sell products.” Pronto, não é novidade para ninguém que uma gaja boa dispara as vendas de qualquer produto. Na ausência de uma tipa estilo helicóptero, metam os Gato e a coisa também resulta.

A frase que teria sumo (ou digna de figurar num ensaio) seria:
“Although long criticized for their negative portrayal of women in television commercials, the auto industry is just as often guilty of stereotyping men as brainless idiots unable to make a decision.”

E agora, pergunto: onde é que está a novidade? Não percebo....

Música: Timbaland, o gajo que escreve músicas para tudo o que tenha duas ou três pernas e cante, faz duetos, trios, arranjos florais, tira a música de ouvido (é só enviar cassete pirata e o tipo safa-se - até parece um homen do Renascimento, um Leonardo da Vinci dos tempos modernos, mais à sua escala) com Keri Hilson: The way I are. Pois, se é assim, o livro que estou a ler chamar-se-ia "Steps to writting good" em vez de "Steps to writing well". Também, qual é o professor que hoje em dia poderá dizer que a sua principal função é ensinar? Por via das dúvidas, o Ministério da Educação já começava a facultar aulas grátis de Defesa Pessoal aos docentes... profissão de risco...

* É óbvio que não será tanto assim, porque:
- quando quero, estruturo a mensagem que pretendo passar;
- às vezes (ainda que raramente) tenho um assunto em agenda;
- ainda vou tendo o cuidado de criar uma introdução, uma explicação/desenvolvimento e um happy ending/conclusão;

- tenho esta mania de me atacar e defender, passando de um lado para o outro com a maior das velocidades; se ainda conseguisse emagrecer com o esforço...

** Há quem diga que se escreve “Ya, tá-se”. Ora, como qualquer uma está errada, é igual ao litro... digo eu.

10 comentários:

Marta disse...

Ya!
Olha eu gosto mais de Yo!

Eu cá não leio essas cenas maradas de textos e afins! Assim fico sempre na ilusão de que sou uma gaja inteligente! :P
Tá-se?

Actriz Principal disse...

Marta,

Para ti, só tenho duas expressões... culinárias e iguais... para rimar:
Inha inha...

Beijos

P.S. sinto-me transparente... até um holograma teria inveja de mim!

Actriz Principal disse...

Marta,

Para ti, só tenho duas expressões... culinárias e iguais... para rimar:
Inha inha...

Beijos

P.S. sinto-me transparente... até um holograma teria inveja de mim!

Marta disse...

Come uma fatia de bolo de chocolate que isso passa-te!
Ou uma fatiazinha..inha..inha...:)

E deixas de ser transparente! Tá-se!?
Yo!!!!

Firehawk disse...

primeiro a música: é simplesmente a minha favorita do ano que passou...a versão é um bocadito diferente, mas esta também é cá do meu agrado. Segundo, livros que dizem como escrever... pois...são giros e tal, mas depois vendo a coisa bem, não levam a lado nenhum. Como essa dos clichés e das frases feitas. Pois é...são feitas e tal, não dizem nada de novo...mas há quem as faça e venda milhões. O segredo: Marketing! É essa conclusão do livro...

Diabba disse...

Yá, taçe! Bê lá saprendes a escrebere!

veijos d'inxufre

M disse...

The way i are??? Mas isso soa bem a alguém, sequer? Como carago deixam passar essas coisas?

Ms D. disse...

I are very disappointed!
Neim uma mensão ao aniverçário da Parola!

AEnima disse...

Ia ser racista agora... e dizer que preto americano não saber falar inglês... eheheh, Já faz parta da cultura "gansta star". Como os paulistas tb dizem sempre "Nois queremo", "Coitadinho dos ratinho" (a falar de centenas de ratos de laboratório) etc...

Actriz Principal disse...

Marta,
Falando em verdadeiro bolo de chocolate, hoje trouxe um desses para o estaminé. Creio que anda a ficar cada vez mais refinado e saboroso!

Psyhawk,
Bolas, já me estás a contar como acaba o livro! O que vale é que desta vez não foi o mordomo...

Diabba,
Eu exforsome, a çério ke ssim!
Yo!

Allie,
Hum... pah, não faço a mínima!

Ms D.,
Don't be! O que interessa é que foi muito agradável ;-)
Beijos e até sábado... ou domingo... seguramente na terça!

Aenima,
É uma pena que se arranjem formas de criar grupos distintos através de expressões que quebram todas as regras sãs de uma língua, mas enfim... e o pior é que, de tanto serem usadas, tornam-se banais e aceites.